Minhas primeiras experiências como Desenvolvedor

Thiago Alves • 04/05/2020

Uma pessoa leiga no assunto, ao conversar com um desenvolvedor experiente, pode ficar a impressão (muito falsa) de que está falando com um engenheiro da NASA (risos). E geralmente isso esconde um início de carreira cheio de altos e baixos, incertezas e dificuldades.

O fato é que toda a profissão tem a sua curva de aprendizado: você sai do zero, começa a aprender, sobe um nível, a sua cabeça explode e se torna um mestre naquilo.

Para exemplificar, vou compartilhar um pouco do início da minha jornada com você.

Início dos estudos

Eu caí de paraquedas na área. Nunca fui muito ligado à tecnologia. Até os 18 anos, a única coisa que eu tinha de tecnológico era um celular sem camera.

Quando terminei o ensino médio, ainda não sabia que carreira seguir. Então resolvi fazer um curso técnico em informática, simplesmente por entender que haveriam mais ofertas de emprego.

No primeiro semestre já vieram as aulas de manutenção, redes e programação. Nem preciso dizer qual me chamou mais atenção, né!? Sou bom em matemática e sempre tive um raciocínio lógico razoável, o que me ajudou bastante.

No final do primeiro semestre eu decidi que faria o seletivo para o curso tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Passei e, por um ano, conciliei os dois cursos.

Primeiras experiências

Ao terminar o técnico, consegui um estágio na instituição que estudava. Foi o meu primeiro contato com a programação fora de uma sala de aula. O primeiro choque de realidade.

Sério, foi um horror. Eu simplesmente não tinha noção do que estava fazendo. Era muita informação nova ao mesmo tempo. Para piorar, a minha principal tarefa era fazer a manutenção de um sistema feito por uma pessoa, muito mais experiente do que eu.

Foi a melhor coisa que poderia ter acontecido. Se passaram dois anos e meio de estágio mas, em poucos meses, eu já estava fazendo tudo sozinho. Não demorou para que as aulas do curso se mostrassem "fracas" perto do que eu estava fazendo fora delas. Mesmo assim, optei por concluir o curso.

Entrando no mercado de trabalho

No início de 2011 entrei oficialmente para o mercado de trabalho para atuar como desenvolvedor. O mais interessante é que no meu primeiro dia de trabalho recebi a notícia de que atuaria numa vaga diferente da qual me candidatei e com uma tecnologia que nunca tinha visto na vida.

Optei por permanecer e encarar o desafio. Mais uma vez fiquei bem perdido, mas a bagagem que eu tinha, por menor que fosse, já me garantiu uma evolução bem rápida.

De lá para cá, muita coisa aconteceu. Diferentes empresas, projetos, tecnologias, aprendizados. Tem sido uma jornada gratificante.

Finalizando

A maior lição que tiro da minha trajetória é procurar estar sempre envolvido com projetos que me tirem da zona de conforto. Assim consigo manter a evolução acontecendo.

A intenção com esse texto é levar uma visão mais próxima da realidade até as pessoas que não entendem muito bem o nosso trabalho.

Se você se interessa pela área ou está começando, entenda que é muito normal que as coisas não façam sentido no início, mas essa sensação passa.

Nos vemos em breve!

Thiago Alves

Thiago Alves

Analista de Sistemas, no mercado de desenvolvimento de software desde 2011. Especialista em PHP, Laravel e Vue.js.

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