Conceitos básicos sobre Code Review

Thiago Alves • 09/06/2020

Uma das formas de se manter, ao mesmo tempo, a integridade do código e a equipe na mesma página, é aderindo a prática do Code Review. Essa prática se difundiu bastante nos últimos anos e já podemos considerá-la comum entre os times de desenvolvimento.

Por outro lado, é importante reconhecer que não se trata de um processo muito fácil. Muitos fatores podem contribuir para que essa tarefa seja dificultada, como: Pull Requests com excesso de alterações, commits mal descritos, falta de definição sobre convenções, ego. Por isso é muito importante que a equipe esteja alinhada na forma de trabalho.

Se você não faz ideia do que estou falando, Code Review se resume numa prática de revisão de código, como o próprio nome diz, onde um programador revisa o código escrito por outro programador, com o objetivo de evitar problemas em geral.

Uma das formas de estruturar essa revisão, é dividindo-a em três segmentos, onde um é pré-requisito para o outro. São eles:

Arquitetura

Princípios, convenções, segurança, design patterns. A lista pode ser grande e vai variar bastante de acordo com as regras estabelecidas pelo time, reforçando a importância da comunicação.

Nessa etapa, é possível analisar se a implementação realizada está de acordo com o desenho da aplicação, se as entidades do sistema estão sendo respeitadas, não contendo classes, regras de negócios e funções em locais inapropriados.

Outra questão importante, é se os testes estão compatíveis com as novas funcionalidades e, claro, se executam corretamente. Até mesmo para validar se as mudanças não prejudicam outras áreas do sistema, já existentes.

Legibilidade

As principais ferramentas de hospedagem de código, como Bitbucket, Github e Gitlab, exibem os Pull Requests numa página que mais parece um artigo dividido em capítulos, onde é possível ler os arquivos modificados, um por um. O que ajuda bastante, na hora de avaliar o quão legível está o código modificado.

Nesse momento, é hora de analisar se, ao ler o código, ele deixa claro o que faz. Se você estiver com dificuldades para entender algum trecho, possivelmente ele precisa de alguns ajustes. Funções e classes com lógica excessiva, tendem a contribuir para uma legibilidade ruim, e esse preço vem com juros no futuro.

Formatação e reaproveitamento

Partindo para um critério menos lógico e mais estético, digamos assim, é hora de analisar como está a apresentação do código e o quão reaproveitável ele é.

Você pode analisar aqui, pontos como: comentários incompatíveis, indentação, nomenclatura de variáveis, classes e métodos fora do padrão. Atualmente, existem várias ferramentas que possibilitam automatizar esse processo, inclusive impedindo que o commit seja feito. De qualquer forma, vale dar uma conferida, por precaução.

Também podem fazer parte dessa etapa, sugestões de melhorias na lógica, como alguma refatoração que possibilite um reaproveitamento do código. Aliás, essas sugestões nem precisam ser um pré-requisito para que o Pull Request seja aprovado, diferente das anteriores.

Concluindo

É importante salientar que esse artigo foi pensado num cenário onde há uma equipe de desenvolvimento, onde existem pelo menos dois profissionais com alguma experiência. As dinâmicas de Code Review podem variar muito de acordo com a configuração do time. É possível que haja apenas um profissional que revisa o código e estabelece as regras, por exemplo.

Se você possui alguma experiência diferente, nesse assunto, compartilhe nos comentários.

Nos vemos em breve!

Thiago Alves

Thiago Alves

Analista de Sistemas, no mercado de desenvolvimento de software desde 2011. Especialista em PHP, Laravel e Vue.js.

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